Na tarde da última terça-feira, 5, o presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), Carlos Evangelista, esteve em Santa Cruz do Sul. Na sua passagem pelo município, Evangelista falou sobre a entidade empresarial que lidera, o desenvolvimento e os principais desafios do mercado de energia renovável no Brasil. Além disso, ele destacou o cenário do setor no Rio Grande do Sul e as expectativas para os próximos anos.
A ABGD é uma associação sem fins lucrativos, integrada por empresas que têm como atividade principal ou estratégica a geração distribuída por fontes renováveis de energia. A associação foi fundada por 14 empresários em 2015 e, atualmente, o número de associados é de 370, desde empresas de pequeno porte até aquelas com mais de mil funcionários. “Geração distribuída é um mercado muito dinâmico. A tendência de você produzir e consumir a sua própria energia é mundial e, agora, isso aconteceu no Brasil”, destacou Evangelista.
Conforme o presidente, a geração distribuída alavancou no Brasil por volta de 2012, com a regulamentação do setor, leilões de energia e projetos de pesquisa e desenvolvimento. “O conhecimento, a regulamentação e a demanda por sistemas de geração distribuída, especialmente a energia solar, é um tripé fundamental para qualquer mercado se desenvolver”, frisou. Entretanto, ele disse que os desafios são diversos, entre eles, linhas de financiamentos a preço acessível, a dificuldade burocrática na relação com as distribuidoras de energia; e o conhecimento, pois ainda existe carência de capacitação no mercado.
NÚMEROS – Atualmente, o Brasil possui 18 mil sistemas instalados, sendo 98% solar fotovoltaico. Do total de energia gerada, 55% da potência é de energia solar. Segundo Evangelista, a participação do Rio Grande do Sul neste cenário é muito boa. Entre os motivos estão a adesão ao convênio que estabelece a isenção do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para a produção de energia solar e o bom perfil de investidores dos gaúchos. Ele ainda salientou que o governo brasileiro tem uma previsão de que, até o fim de 2018, a geração distribuída deve chegar a 40 mil sistemas. “Eu acho muito pouco, embora seja mais do que o dobro do que temos atualmente. Mas, temos pesquisas que indicam que, em 2024, deveremos ter cerca de 800 mil sistemas instalados”, declarou o presidente.
SOLLED – Durante a visita, Carlos Evangelista elogiou o desenvolvimento do setor fotovoltaico em Santa Cruz do Sul, atualmente a cidade gaúcha com o maior número de usinas solares instaladas. “É um município com perfil empreendedor, que acompanha o discurso de mercado”, frisou. Neste contexto, destacou a atuação da Solled Energia, associada à ABGD desde a fundação da entidade, que a partir de 2018 passa a integrar a Diretoria Regional do Rio Grande do Sul, representada pela sua sócia Mara Schwengber. Evangelista também parabenizou a empresa pela criação do G5 Solar, grupo composto por cinco organizações do setor que são referência em geração distribuída no Brasil.
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