Devido ao fato de as grandes usinas estarem localizadas longe dos centros consumidores de energia e, portanto, necessitarem do transporte de energia por meio de linhas de transmissão de longa distância, o principal desafio ao modelo tradicional de geração centralizada, que utiliza grandes usinas como hidrelétricas e termelétricas, está precisamente na proximidade.
A geração distribuída ainda não era tão amigável ao consumidor quando foi concebida, em 2004, como é agora que a energia solar, por exemplo, vem expandindo cada vez mais seu alcance no Brasil. A Resolução Normativa nº. 482/2012 é um fator significativo que tem aumentado essa acessibilidade.
Se você quer entender melhor o que é geração distribuída e centralizada de energia, continue a leitura e confira!
O que é geração centralizada e distribuída?
A capacidade de suprir a rede com um número de unidades geradoras menores é conhecida como geração distribuída.
Ao abastecer os clientes locais dessa maneira, essas pequenas unidades geradoras reduzem os custos associados à transmissão de energia, ao mesmo tempo em que evitam perdas de energia semelhantes às experimentadas no modelo de geração centralizada, aumentando a estabilidade e a confiabilidade do sistema. A Resolução Normativa nº 482 da Aneel colocou em prática esse método em 2012.
Por outro lado, um dos métodos mais antigos de produção de energia é a geração centralizada, na qual um pequeno número de unidades produtoras fornece energia elétrica para uma grande população.
É composto por plantas de grande porte que normalmente estão localizadas distantes dos centros de consumo, necessitando de longas linhas de transmissão.
Por isso, diversos estudos sociais, locais e, principalmente, ambientais são realizados antes do desenvolvimento de um projeto centralizado de energia para verificar se a construção e operação das usinas estão em conformidade com a legislação e as normas de segurança.
As regras para mini e microgeração de energia solar
Ambas as partes podem utilizar a energia que geram para suas próprias necessidades, ao mesmo tempo em que contribuem com qualquer excesso para a rede em troca de créditos.
Os créditos não podem ser trocados por dinheiro, mas podem ser destinados à redução do consumo tanto da unidade em questão quanto de quaisquer outras unidades da área de concessão de propriedade da mesma entidade.
Aqueles que geram energia solar instalando painéis fotovoltaicos em seus telhados, por exemplo, têm a capacidade de alimentar qualquer excesso de energia de volta à rede durante o dia.
Com isso, eles podem ganhar créditos que podem ser aplicados em suas contas de energia elétrica para cobrir seu consumo durante a noite, quando a geração de energia solar não está disponível.
Por outro lado, a mesma unidade geradora de créditos pode utilizar esses créditos para pagar parte das contas vencidas de unidades adicionais localizadas no mesmo local.
Quem, por exemplo, gera energia no local pode reduzir seu custo de energia na cidade desde que tanto o fornecimento de energia quanto o abastecimento da cidade venham da mesma distribuidora de energia.
Existe geração centralizada de energia solar?
De acordo com a Absolar, em abril de 2021, foram emitidas licenças de energia para 34,3 GW de projetos centralizados de produção de energia solar fotovoltaica no Brasil.
Toda a quantidade de energia orçada poderá gerar R$ 128,5 bilhões em investimentos. Os estados de Minas Gerais, Bahia, Piauí, Pernambuco e Ceará lideram esses esforços.
Por muito tempo, era essencial planejar gastos maciços para atender a uma demanda de energia tão alta.
Tucuruí, Itaipu e Itumbiara, três grandes projetos hidrelétricos, ofereceram retornos superiores sobre o investimento e segurança para grandes corporações e organizações governamentais. A situação teria sido consideravelmente mais grave em países sem o potencial hidrelétrico brasileiro.
De acordo com o formato de geração centralizada, um número relativamente limitado de usinas atende a uma vasta base de consumidores.
A energia é enviada da subestação para as redes de distribuição, que são os fios do poste, por meio de cabos de transmissão de alta tensão maiores e mais altos.
É assim que a eletricidade que alimenta nossas casas, empresas, hospitais e outras instituições é gerada e entregue aos nossos interruptores de luz.
A Energia Solar no Segmento de Geração Distribuída
A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) estima que, até 2022, o país terá instalado 1 milhão de sistemas de geração de energia solar em telhados, fachadas e pequenos terrenos, produzindo mais de 10,6 GW de energia elétrica.
A energia solar distribuída, definida como usinas de até 5 MW instaladas no local ou próximo ao local de consumo, tem uma capacidade instalada que já superou a das instalações de produção primária do país, fornecendo mais de 67% de toda a eletricidade.
Tanto em número de sistemas conectados à rede (77,6% do total) quanto em capacidade instalada (45,4% do total), o estudo da Absolar constatou que os usuários residenciais utilizam mais a energia solar. As pequenas empresas dos setores comercial e de serviços vêm em segundo lugar com 12,5% das ligações e 32,3% da energia.
Eles ainda estão em uso para clientes em áreas rurais, empresas, organizações governamentais, serviços públicos e iluminação pública.
Estímulo do governo para a geração fotovoltaica distribuída?
O Programa de Desenvolvimento da Geração Distribuída de Energia Elétrica, ou ProGD, foi instituído em 2015 pelo então ministro de Minas e Energia Eduardo Braga.
Seu objetivo é promover a geração distribuída no Brasil, promovendo seu uso em edificações. residencial, empresarial, industrial e público.
Outra vantagem é que, a partir de 2015, o Conselho Nacional de Política Financeira (CONFAZ) autorizou a isenção do ICMS.
O governo projeta que, até 2030, sejam investidos R$ 100 bilhões nessas tecnologias para o projeto, e que 2,7 milhões de unidades consumidoras possam participar do programa.
Qual o diferencial da geração fotovoltaica distribuída?
A eletricidade é crucial para a vida moderna, e toda a população de um país precisa dela, mas a geração de eletricidade tem enormes implicações ambientais.
As usinas termelétricas a carvão descarregam toneladas de CO2 na atmosfera, ou enormes barragens hidrelétricas inundam grandes partes da terra, deslocando pessoas e animais.
A ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) habilita microgeradores nas residências, como painéis solares, para reduzir a conta de luz. A energia solar é sustentável, ilimitada e competitiva globalmente.
A eletricidade é o nosso menor custo. A distribuição e o transporte representam 32,2% da fatura de eletricidade.
Segundo a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), os impostos são de 36,8% da conta de luz e 31% do valor da energia elétrica. Isso ilustra que o problema não é o custo da eletricidade, mas sua longa viagem das usinas hidrelétricas aos consumidores. Esse modelo de transmissão e distribuição é ineficiente: 10% da energia é perdida, elevando o gasto com eletricidade.
A energia solar no Brasil e os sistemas off grid permitem que os moradores produzam e armazenem sua própria eletricidade.
É uma fonte de energia limpa e renovável que aproveita os raios do sol, com menor impacto ambiental do que as usinas hidrelétricas, nucleares e termelétricas.
Estes são os grandes responsáveis pelas emissões de CO2 na atmosfera, um dos principais contribuintes para as mudanças climáticas. Os painéis solares no telhado ou no quintal capturam a luz solar para a produção de energia local.
Esse tipo de energia se torna cada vez mais lucrativo para os brasileiros graças a uma nova lei da ANEEL que permite a troca da energia do painel por créditos de kWh na conta de luz.
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