O mercado de energia solar no Rio Grande do Sul e as perspectivas e cenários antes e pós-pandemia foram abordados durante uma live na noite desta quarta-feira, 26, transmitida pelas redes sociais. O evento virtual foi conduzido pela coordenadora regional da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSolar) no Estado e diretora da Solled Energia, de Santa Cruz do Sul, Mara Schwengber. A transmissão, que também apresentou dados do setor no Brasil, contou com a participação do presidente da ABSolar, Ronaldo Koloszuk.
Na abertura da live, Mara falou sobre a recente pesquisa do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (IBOPE), que apontou que nove entre 10 brasileiros querem gerar sua própria energia em suas casas ou empresas. Outro dado do levantamento é que 84% dos consumidores acham a energia elétrica cara ou muito cara. “Isso chama atenção, porque realmente a tarifa de energia no Brasil é uma das mais caras no mundo”, afirmou ela. Na sequência, Koloszuk disse a pesquisa não atingiu 100% em virtude do desconhecimento da minoria sobre o assunto. “Porque hoje você não tem investimento mais rentável e seguro do que a energia solar fotovoltaica. Um retorno de 20%, dependendo da região 25% ao ano sobre o capital investido”, completou ele.
O evento também abordou os principais motivos para investir em energia solar. Hoje, o maior número de instalações está em residências e a maior potência instalada está no comércio e serviço. Entre os motivadores, destaque para a queda significativa dos preços dos equipamentos, o aumento da tarifa de energia elétrica, a sustentabilidade e as linhas de financiamento mais acessíveis e atrativas, em que o consumidor troca o valor da conta de luz reduzida pela parcela.
Para quem ainda não investiu nos módulos solares, a recomendação do presidente da Absolar é que a pessoa “corra”. “Hoje você não tem nenhuma região do Brasil com uma energia mais barata, nas distribuidoras de energia, do que a solar fotovoltaica. Ela é a mais barata de todas”, salientou Koloszuk. Ele explicou que deve haver uma mudança regulatória que irá encarecer um pouco a energia solar por volta do primeiro semestre de 2021, mas muito diferente do que a reguladora queria. “O governo já sinalizou que quem fizer antes desta mudança, não vai ser afetado por ela”, frisou.
Rio Grande do Sul – Mara ressaltou, durante a live, a posição do Rio Grande do Sul no Ranking Nacional, como o segundo Estado em potência instalada de energia solar conectada à rede. A empresária ainda citou os cincos principais municípios gaúchos em usina solares: Caxias do Sul, Santa Cruz do Sul, Novo Hamburgo, Santa Maria e Porto Alegre. Entres os números, são 36.837 usinas cadastradas na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que atendem 44 mil unidades consumidoras. “Ao mesmo tempo que esse número parece ser alto, nós temos um potencial de crescimento gigantesco”, declarou. Outros números citados foram os R$ 2,2 bilhões de investimento pela iniciativa privada, R$ 567 milhões em tributos e a geração de 12 mil empregos, este último como um dado muito importante quando se fala em retomada da economia pós-pandemia.
Brasil – No Brasil, Koloszuk salientou a descentralização da energia solar, que está presente em todos os estados, e os 180 mil empregos gerados, sendo mais 40 mil só em 2020, mesmo com a pandemia. “O setor solar vai ser um dos maiores geradores de emprego do Brasil, sem sombras de dúvidas”, afirmou. Ele salientou a grandeza da potencialidade do setor, que tem cerca de 320 mil unidades consumidoras com energia solar, num universo de 84,4 milhões de unidades consumidoras. “A energia fotovoltaica é uma grande oportunidade de gerar empregos e economia para as famílias brasileiras”, completou.
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