Quando o assunto é desenvolvimento de empregos, a energia fotovoltaica vem apresentando indicadores cada vez mais promissores em nosso país, e o setor é hoje uma das mais importantes fontes de vagas efetivas e qualificadas. Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), se observadas as regras de distribuição e geração de energia, o Brasil poderá gerar até 672 mil novos empregos no segmento de microgeração e minigeração de distribuição de energia solar fotovoltaica até 2035, sem levar em consideração conta os empregos que as grandes usinas fotovoltaicas podem gerar.
Com quase 3,4 milhões de empregos, a energia fotovoltaica é a maior produtora de empregos entre as maiores fontes de energia renovável.
Neste artigo, temos o objetivo de fazer com que você entenda mais sobre a energia solar e o impacto na geração de empregos.
Acompanhe!
Origem do mercado de energia solar no Brasil
O mercado de energia solar distribuída no Brasil começou recentemente em 2012. A Resolução Normativa 482 de 2012 foi a primeira a regulamentar essa tecnologia, apesar de alguns consumidores já a terem utilizado. É considerado um marco legal para a energia solar e foi responsável pelo desenvolvimento da regulamentação da geração distribuída.
A geração de energia solar tornou-se viável para os brasileiros a partir dessa resolução, e desde então eles têm permissão para vincular o sistema à rede de distribuição e gerar créditos solares a partir do excesso de energia. Esses créditos são utilizados para compensar as tarifas de energia, reduzindo seu valor em até 95%.
O segmento de geração centralizada do país estreou em 2014, com o primeiro leilão com instalações de energia solar. Por causa do tempo gasto para construir as usinas, a geração centralizada começou a funcionar em 2017.
Os painéis solares são posicionados na unidade consumidora ou em locais vizinhos em energia solar distribuída. As grandes usinas produzem energia no sistema centralizado, que é então transmitida aos centros metropolitanos por meio de redes de transmissão e distribuída aos consumidores pelas distribuidoras de energia.
Resolução Normativa 687
A geração compartilhada, inúmeras unidades consumidoras e autoconsumo remoto são três novas modalidades de geração distribuída criadas pela Resolução Normativa 687 de 2015. Quando mais de um consumidor utiliza energia solar por meio de consórcio ou cooperativa dentro da mesma área de concessão, denomina-se geração compartilhada.
Já a geração de energia elétrica por muitas unidades consumidoras é aquela em que a energia elétrica é consumida individualmente pelas unidades consumidoras, mas é administrada pelo condomínio, pelos donos do negócio ou mesmo pelas autoridades locais.
Além disso, o autoconsumo remoto é definido como quando a unidade consumidora geradora de energia solar está localizada em local distinto da unidade consumidora, desde que ambas estejam na mesma região de distribuição. Com a introdução dessas modalidades, foi possível observar um aumento no conhecimento do público sobre a geração distribuída, o que auxiliou na aceleração do crescimento do mercado de energia solar no Brasil.
O Brasil estabeleceu novos marcos na geração de energia solar em 2021.
Em 2021, a energia solar teve um ano histórico, com novos recordes na expansão da fonte em todo o Brasil. Segundo dados da ANEEL, foram gerados mais de 3,5 GW de potência instalada em residências, fachadas e pequenos terrenos de janeiro a dezembro (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Este é um novo marco, superando os 2,68 GW estabelecidos em 2020 e auxiliando o setor a atingir uma capacidade instalada total de 8,26 GW desde que a fonte começou a operar no Brasil. As grandes usinas com uma faixa de potência superior a 5 MW também tiveram um crescimento significativo, com pouco mais de 4,62 GW em operação no final do ano, um aumento de 49,5% em relação aos 3,09 GW no início de janeiro.
Os sistemas solares no Brasil já respondem por mais de 70% da energia gerada pela hidrelétrica de Itaipu, a segunda maior do mundo e a maior da América Latina, segundo a ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica).
Entre janeiro e dezembro, o volume total arrecadado se refletiu no crescimento da energia solar na matriz energética nacional, passando da sétima para a sexta maior fonte de geração de energia do país, com uma participação de 2,4%. A taxa era de apenas 1,6 por cento em janeiro.
O Brasil também entrará no clube dos 15 principais países do mundo em capacidade instalada de energia solar em 2021, com previsões de que os investimentos no setor continuarão crescendo a partir do próximo ano. Segundo dados da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), espera-se que aumente ainda mais em 2022 do que este ano, pois desde 2020, apenas a GD fotovoltaica (geração distribuída) cresceu a uma taxa de cerca de 230% ao ano no Brasil.
Como funciona a geração de empregos no mercado de energia solar?
Apesar das séries de crises que vêm ocorrendo tanto no mundo quanto no Brasil, o segmento de energia solar fotovoltaica continua crescendo, e a perspectiva é de que essa tendência se mantenha. E há inúmeras razões para isso! Uma delas é a viabilidade de longo prazo, que é particularmente importante em tempos de recuperação econômica.
O rápido crescimento de vários setores exige um posicionamento mais deliberado de marcas e negócios. Uma das questões-chave para pequenas, médias e grandes empresas é defender e investir na sustentabilidade e no trabalho em evolução, além de investir em energia limpa e renovável.
Mesmo assim, as contratações feitas pelas indústrias tiveram impacto significativo na geração de empregos no país. Eles também compõem a maior parcela do mercado de trabalho, garantindo a viabilidade do Brasil no longo prazo. Isso se deve ao ciclo que se inicia quando eles começam a gerar sua própria energia utilizando a energia solar fotovoltaica de forma sustentável, limpa e renovável.
A organização reconhece a influência na sustentabilidade, preservação ambiental e como isso impactará favoravelmente a vida das gerações futuras como resultado da redução dos custos de energia. A expansão das franquias é outro motivo que impulsiona a alta geração de empregos no setor de energia solar fotovoltaica. Os empreendedores querem investir em itens e marcas conhecidas e bem recebidas pelo público em geral.
Com isso, a energia solar gera empregos e aumenta a sustentabilidade do país, e tudo indica que essa tendência continuará, pois é sabido que a geração de energia própria pelas empresas reflete seu compromisso com a sustentabilidade ambiental, evidenciado pelo aumento do número de novos empregos.
A busca por formação é impulsionada pelo crescimento do mercado de energia solar
A expansão da geração de energia e, consequentemente, da indústria, impacta na busca por conhecimento especializado na área. Segundo uma pesquisa da Elektsolar, empresa catarinense especializada em treinamento fotovoltaico, a demanda por cursos na área aumentou cerca de 50% entre janeiro e julho deste ano em relação ao mesmo período do ano passado.
De acordo com Gabriel Guimarães, diretor de educação da Elektsolar, esse crescimento na demanda por treinamentos ocorre tanto em profissionais que já atuam na área e querem aprimorar seus conhecimentos quanto em iniciantes.
As pessoas perceberam que é realmente algo que está se desenvolvendo e continuará a crescer. Aliás, essa busca por capacitação ocorre em toda a cadeia do mercado de energia solar, afetando áreas como instalação, projetos e negociação, sendo o segmento de instalação o de maior participação.
Perspectiva de mais geração de empregos para os próximos anos
A cada ano, a energia solar cresce em relação ao ano anterior. Somente tratando da Geração Distribuída, aumentamos mais de 30% este ano em relação a 2020. E a perspectiva é de mais um aumento em 2022, com previsões mais otimistas chegando a um aumento de mais de 50%, podendo chegar a mais de 5 GW no total.
Além disso, quando falamos da energia residencial, ela deve ser o segmento que mais cresce no mercado de energia solar, apesar do amplo consenso de que a energia solar funciona bem para pequenos consumos. Adicione a essa situação a pressão tarifária e os custos de uma casa estão em risco.
Aliás, o segmento rural também deve continuar a utilizar mais energia solar, essa tendência se deve a uma combinação de eficiência e custos de produção, além do término dos subsídios tarifários, que colocarão em risco esse segmento de mercado até 2024.
Sua dúvida está respondida em nosso texto? Esperamos que sim. Se tiver mais alguma dúvida ou sugestão, estamos à disposição.
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