O Rio Grande do Sul é responsável por quase metade da produção de maçã do Brasil. Em 2020, a safra atingiu mais de 440 mil toneladas no Estado, conforme dados estatísticos do site da Associação Gaúcha dos Produtores de Maçã (Agapomi). A projeção é de um resultado maior para 2021. Dentro deste cenário estão as empresas gaúchas que utilizam câmaras frias de grande capacidade de armazenamento da fruta, o que demanda muita energia elétrica. A Coopermaçã, localizada em Bom Jesus, na Serra Gaúcha, investiu na produção de energia limpa e renovável por meio dos painéis fotovoltaicos para auxiliar na sustentabilidade do negócio.
Com um investimento de mais de R$ 2 milhões, a usina fotovoltaica da Coopermaçã vai contar com 1.886 módulos, o que corresponde a uma potência instalada de 839,27kWp. A empresa, especialista na classificação e comercialização da fruta, é regulamentada no Mercado Livre de Energia, tornando-se autoprodutora com a geração de energia solar, com mais vantagens financeiras para o negócio. O complexo, com instalação prevista para entrar em operação no mês de agosto, é a maior usina solar projetada no Rio Grande do Sul pela Solled Energia, de Santa Cruz do Sul.
Conforme o gerente da Coopermaçã, Oilson Varaschin, já fazia alguns anos que analisavam a possibilidade de investir em energia solar. “Mas ainda era novidade na época e também onerosa. Agora com um custo menor e vislumbrando uma boa economia, nossa empresa resolveu fazer o investimento”, destaca. Segundo ele, o investimento vai ao encontro dos valores da empresa, de compromisso com colaboradores e com comunidade onde está inserida e de proteção ao meio ambiente com o uso racional dos recursos naturais de forma sustentável.
Fundada há 15 anos, como cooperativa, a Coopermaçã teve início com a união de produtores que buscavam espaço no mercado. A partir do ano de 2015, quatro sócios remanescentes da Cooperativa assumiram o passivo, transformando-se em uma empresa de capital limitado. A organização conta hoje com 77 colaboradores e uma estrutura de mais de 9,5 mil metros quadrados. Ela produz em seus pomares as espécies Galaxy (Grupo Gala) e Fuji Suprema (Grupo Fuji), totalizando aproximadamente 870 toneladas de maçãs ao mês, destinadas ao mercado nacional e também para exportação, especialmente da Ásia.
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