A energia solar é vista como uma escolha maravilhosa para cortar custos e promover mais sustentabilidade em meio ao cenário de transição energética. É importante realizar um projeto de energia solar, que inclua a aquisição e instalação de um sistema fotovoltaico, para quem deseja adotar a tecnologia e colher esses benefícios.
Todas as suas dúvidas sobre os cuidados ao desenvolver um projeto de energia solar aliado a arquitetura podem ser esclarecidas lendo este texto.
Vamos lá?
Quais são os benefícios de incorporar a energia solar no projeto arquitetônico?
Os projetos arquitetônicos residenciais, comerciais e industriais podem se beneficiar da energia solar. A melhor parte é que todos se beneficiam. Entendemos que os consumidores de hoje querem, e precisam, economizar o máximo possível em seus projetos de construção e reforma, sem sacrificar a qualidade do projeto.
Como resultado, no mercado, o especialista que se preocupa não apenas com o aspecto estético, mas também valoriza uma construção mais ecológica e econômica é mais valorizado.
Aliás, já que estamos falando de estética, outro grande benefício da integração de painéis solares logo no início do projeto é que o profissional entenderá como valorizar ainda mais esses itens, sejam eles instalados no telhado, no chão , ou em outro lugar. Os painéis podem ser usados em conjunto com outros elementos arquitetônicos como metal, vidro e superfícies semitransparentes ou completamente opacas.
Além disso, o mercado fotovoltaico cresceu para incluir soluções para uma variedade de necessidades. A obtenção de certificações ambientais, cada vez mais popular na construção de edifícios e habitações, é outra vantagem. Isso eleva o projeto arquitetônico a um novo patamar, aumentando o valor da empresa.
1. Procurar entender termos e números
O painel fotovoltaico e inversor são dois termos que devem ser entendidos o quanto antes bem como o sistema que absorve a energia solar e a converte em corrente elétrica é conhecido como painel fotovoltaico. Os inversores gerenciam e medem a quantidade de energia produzida pelos painéis, além de converter a corrente contínua em corrente alternada, necessária para conectar seu sistema à rede de distribuição da concessionária local. Também é necessário entender as unidades de medida KWp e KWh para fazer uma compra segura, pois você as ouvirá com frequência. Veja abaixo mais detalhes sobre
Kilo watt pico (KWp)
A princípio quando construído no mesmo local com os mesmos componentes, um sistema de 2 KWp será sempre menor que um sistema de 5kwp e sempre gerará menos energia. Em um sistema de energia solar, o KWp é o fator mais importante e primeiro a ser considerado. Como resultado, comprar um sistema mais barato com uma potência de KWp menor é desnecessária.
Kilo watt hora (KWh)
Se você tem um sistema de geração, é a quantidade de energia que você consome ou gera. Assim, você paga por KWh consumido quando chega sua conta de energia. Além disso, o KWh é calculado multiplicando a potência de cada aparelho em quilowatts (KW) pelo número de horas em que ele está ligado.
Em outras palavras, KWh é a quantidade de energia que você gasta a cada hora e KWp é a capacidade dos painéis de gerar essa energia.
2. Inspeção técnica da unidade consumidora
Após o levantamento das informações, iniciarão as visitas técnicas, sendo sua obrigação fazer um estudo preliminar do projeto e o famoso orçamento de dimensionamento. Tudo isso depende de uma inspeção minuciosa e condições ideais de instalação.
É hora de colocar tudo em ação.
A vistoria técnica da unidade consumidora demonstrará as circunstâncias para instalação e fixação das estruturas de suporte e ancoragem neste ponto. Por fim, dependendo das qualidades do telhado, cada forma de fixação será diferente.
3. Dados da Inspeção Técnica
A inspeção oferecerá dados críticos como:
● Incidência solar e orientação do telhado;
● Condições para que os módulos sejam montados em telhados voltados para a face norte;
● Incidência de sombras no telhado; e mais.
● Determine quanto espaço os módulos fotovoltaicos vão ocupar;
● O tipo de conexão elétrica da casa.
Todos esses fatores influenciarão como um projeto de energia solar com potência suficiente pode ser construído. Outra parte da avaliação é a praticidade de instalação do inversor de frequência. Eles não podem ser expostos à luz solar direta por longos períodos de tempo devido ao risco de superaquecimento.
Os inversores para aplicações residenciais são normalmente de 70 cm x 50 cm x 25 cm a 80 cm x 55 cm x 25 cm de tamanho (altura, largura e profundidade). Como resultado, deve haver espaço aberto suficiente para acomodar o inversor sem expô-lo à luz solar direta.
Os locais mais populares para reparos de inversores são garagens, varandas e quintais. A partir desse ponto, o projetista tem todos os dados extras necessários para calcular a eficiência energética. Você também pode calcular os retornos financeiros com base no uso médio de energia da casa.
4. Fique de olho na certificação dos equipamentos
Antes de mais nada o INMETRO certifica os equipamentos utilizados nos sistemas de energia solar, garantindo que os itens sejam de alta qualidade. Você pode verificar os componentes com maior desempenho e qualidade para cada um deles utilizando o Programa Brasileiro de Etiquetagem, que oferece informações sobre a eficiência energética dos itens, entre outros recursos.
5. Aterramento
É fundamental que o sistema de aterramento esteja devidamente instalado e obedeça às normas estabelecidas pela norma para que o sistema opere de forma adequada e segura (NBR 5410 e NBR 5419). Como alguns inversores requerem uma referência de aterramento para funcionar, e em caso de surtos de tensão, por exemplo, o DPS (dispositivo de proteção contra surtos) deve ser conectado a um sistema de aterramento confiável, um sistema de aterramento adequado é fundamental para a operação correta do sistema e para sua segurança e proteção.
6. Normas
É fundamental que os especialistas da área estejam familiarizados com os padrões da indústria elétrica.
Especificamente, a NBR 5410, que trata de instalações elétricas de baixa tensão, a NBR 5419, que trata da prevenção de descargas atmosféricas, e IECs aplicáveis, como 62548, matrizes fotovoltaicas (PV) – requisitos de projeto, que trata de instalações fotovoltaicas.
Uma minuta da norma brasileira, NBR 16690, está sendo produzida, que será baseada na IEC 62548 e abordará os sistemas solares no Brasil. Desde a fase de projeto até a fase de instalação, os padrões da indústria são seguidos para reduzir a possibilidade de erros e, consequentemente, os acidentes decorrentes desses erros.
7. Solicitação de acesso à rede pública da distribuidora
O processo completo de solicitação de acesso à rede já pode ser iniciado com os documentos do projeto SFCR para mini ou microgeração em mãos.
Seguem os documentos essenciais:
● Certificado de conformidade para inversores;
● No caso de vários domicílios, lista das unidades consumidoras participantes do regime de compensação;
● E Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do Responsável Técnico pelo projeto e instalação elétrica do sistema de mini ou microgeração.
O distribuidor avaliará seu projeto e lhe dará permissão para começar a instalá-lo.
Você já viu como um projeto de energia solar pode ser difícil?
Tudo isso ainda pode ser melhor entendido e explicado passo a passo, mas apenas com um treinamento específico para o designer. Vale ressaltar também que após a instalação, a concessionária de energia ainda deve realizar uma vistoria.
A concessionária confirma o cumprimento dos componentes técnicos especificados nos documentos de acesso neste momento.
Se tudo der certo, o medidor do imóvel (“relógio”) é alterado para refletir a quantidade de energia gerada pelo sistema on grid do consumidor. Você tem alguma ideia do que está faltando?
Ora, você provavelmente pode adivinhar que vários parâmetros, números, cálculos básicos, dados gerais, simuladores e outros itens estão faltando.
A precisão do software é fundamental para o sucesso de um projeto de instalação de energia solar.
8. Softwares solares
Nesse ponto, o projetista é auxiliado por um software, que possui em seu banco de dados os modelos de inversores e painéis mais comuns do mercado. Os programas também incluem informações meteorológicas que auxiliam na estimativa da quantidade de energia produzida pelo sistema.
Como resultado, os softwares são úteis para avaliação de sombra, cálculo de dimensionamento inicial, localização do painel e radiação solar, além de criar painéis fotovoltaicos.
Sua dúvida está respondida em nosso texto? Esperamos que sim. Se tiver mais alguma dúvida ou sugestão, estamos à disposição.
Especialista em Gestão de Pessoas e Gestão Estratégica.
MBA em Marketing.
CEO e líder da Solled Energia e WG Energia.
Coordenadora Estadual / RS da ABSOLAR (Associação Brasileira de Engenharia Solar).
Conselheira RS Solar e Fundadora do Grupo G5 Solar.
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